Tuesday, April 21, 2009

O seu maior desejo


Andei pensando o que eu posso falar sobre os sonhos: acho que andamos muito atrapalhados com nossos “grandes” objetivos da vida, caminhamos em círculos na procura do que nem entendemos direito; talvez devêssemos voltar a pensar naquela besteira de casinha com jardim na beira do lago, ou nos antigos sonhos de infância, possivelmente os mais verdadeiros profundos e fantasiosos de nossas vidas. Mas será que nossos sonhos atuais são melhores que os antigos por estarmos mais maduros. Eu acho que os meus sonhos atuais são mais realistas, mais adequados a minha condição – mas nunca podem deixar de serem desejos da alma. Para mim se forem realistas demais perderam a condição de sonhos, serão apenas planos. Então eu pergunto: será que os seus sonhos refletem seus desejos, será que você sonha de verdade, e quando estiver no fim da vida, será que vai olhar para traz e lembrar-se de algo que desejaria muito ter feito, mas abandonou. Atenção, não estou falando de pequenos acontecimentos, sei que todos nos vamos nos arrepender de ter feito ou não muitas coisas; mas sempre há algo que aquela criança de cinco anos nunca deixou de cobrar, algo que nos perturbará por toda vida, não falo em ser astronauta ou piloto de Formula1, mas também não sei te dizer o que é. Acho que cada um deve olhar para dentro e perguntar: o que realmente me faria feliz? E será que eu estou buscando isso? Talvez este seja o real grande objetivo da vida.

Sunday, January 18, 2009

Anjo de vidro


Penso que somos dotados de forças e fraquezas, digo dotado de fraqueza porque nem toda ela é negativa; um outro pode precisar dela para se sentir mais parceiro, amigo, humano ou simplesmente para suprir suas próprias fraquezas - até porque não existem humanos onipotentes, todos têm dificuldades, lamentações e perdas; todo mundo sente frio, mas mesmo com tudo isso é possível ser um milagre para alguém. O que dizem de olhar para frente; eu acho importante, mas algumas vezes fazemos tanto isso que deixamos de olhar para o lado, andamos atarantados com coisas importantes e inúteis, quando poderíamos resolver metade das nossas queixas se as dividíssemos com outra pessoa. Alguém (não precisa ser gente próxima) pode ter a solução para os seus problemas e de quebra você com certeza pode ser recíproco, talvez o grande defeito da humanidade seja a distancia entre as pessoas, e quando há proximidade dificilmente é verdadeira.

Em fim, você não precisa encarnar a Madre Tereza, algumas vezes um pequeno gesto, um olhar ou aperto de mão faz a diferença; não faça um favor apénaz para ajudar o outro, faça para ajudar você mesmo. Ser frágil e potencialmente útil não é uma escolha sua, mas pode-se decidir entre ser terno ou indiferente.

Monday, July 21, 2008

lembranças


Há momentos tão intensos que marcam nossas vidas. Houve lugares tão inesquecíveis que mesmo não sendo hoje do jeito que eram, continuam intactos nas nossas mentes. Com certeza você já viveu em algum lugar determinada situação que nunca conseguiu tirar da memória, se foi negativa; lugares parecidos com aquele te dão pesadelos e você provavelmente evita passar por eles. Se foi positivo, é sempre ali que gostarias de estar toda vez que algo dá muito errado, é desses que quero falar hoje, na verdade sempre quis falar sobre eles.
Já pensou alguma vez em voltar lá fisicamente, se já fez isso, se já voltou lá, deve ter tido uma surpresa – esperada, mas uma surpresa, já que todas as suas lembranças reproduzem aquele lugar do jeito que era quando o momento que o gravou em você aconteceu, é claro que hoje ele praticamente não existe mais, o tempo o deformou irremediavelmente, isto é a prova de que as únicas coisas que realmente podemos levar na vida são boas lembranças, então precisamos aproveitar cada mínima chance de construí-las, e cada simples possibilidade de voltar a vivê-las, afinal já que tudo um dia vai naturalmente descolorir, devemos enjetar cada dia, um pouco mais de cor ao que seria muito lamentável perder.

Sunday, February 17, 2008

Sozinho na noite


Algumas vezes deparamo-nos com situações lastimáveis, onde a única coisa que podemos fazer é: sentar, chorar e esperar o tempo acalmar. Algumas pessoas dizem que amadurecemos com isso, mas muitas vezes esse crescimento não vale a pena, em alguns casos a noite é tão escura que nos sentimos sozinhos independente de quem esteja do lado, (que você possa entender) e normalmente a escuridão sempre vem acompanhada do frio; frio que nos leva a uma dimensão só nossa. Buscando a proteção da chuva isolamo-nos num lugar ainda mais nebuloso, que eu acredito, seja o pior lugar onde se pode estar: presos dentro de nós mesmos. Eu sei que não se trata de uma escolha, somos instintivamente compelidos a nos proteger, e destruir. Mas eu quero te falar algo que aprendi: o amanhecer é imperativo, sempre vai amanhecer, e o tempo irremediavelmente vai passar; tempo que tem como principal função: matar tudo, e independente do que você acredita, o tempo te faz esquecer porque ele consegue matar suas lembranças, não que isso seja uma coisa boa.
Cedo ou tarde, o tempo vai matar a sua noite, mas só os que sobrevivem conseguem ver a luz nascer. Olha, eu não te conheço, mas de minha parte espero que tenhas um dia com "muito sol", um "bom dia".

Thursday, February 14, 2008

vivendo de pedaços

O homem é um ser sociável, portanto totalmente dependente de suas relações, e são com essas relações que ele constrói a sua estrutura emocional. Um relacionamento é baseado em trocas: perdas e ganhos, ou seja, quando construímos uma relação com alguém confiamos pedaços de nossa estrutura emocional a essa pessoa, de maneira que ela passa a fazer parte de nos, e o mais interessante é que enquanto a relação permanece, nos não perdemos aquele pedaço, pois continuamos em contato com ele no outro. A quantidade de pedaços que alguém pode ter de você é diretamente proporcional à intensidade de seus sentimentos por essa pessoa. Hoje em dia os relacionamentos são feitos e desfeitos com muita facilidade, e o fruto dessa banalização é a indiferença com relação aos próprios sentimentos, e os dos outros, de forma que por onde passamos, vamos deixando e arrancando pedaços.

Tuesday, January 15, 2008

Contradição


Algo nestes dias me fez lembrar do passado: de quando eu estudava numa crechezinha do meu bairro. Comecei a pensar em como minha vida era fácil - claro que naquela época eu não a considerava assim, e isso só me faz pensar que agora gozo de privilégios que não terei no futuro. Mas não é sobre isso que quero falar. Pensei que se eu pudesse voltar atrás: mudaria tudo, concertaria todos os erros, refaria toda a minha historia até aqui. Hoje eu poderia ser mais forte, mais inteligente e mais sociável.
Essa seria, no entanto – se possível fosse: a saída mais cômoda, e a mais perigosa. Bem ou mal, tudo que sou hoje é decorrência dos meus erros e acertos, errando aprendi muita coisa, as imprevisibilidades do agora e do depois me ensinaram a ter calma, e a aproveitar as coisas boas do presente, já que não sei quanto tempo vão durar, e em minha opinião isso faz a graça da vida; trabalhar com o que tenho no presente planejando o futuro.
Assim: acho em resumo que se eu pudesse mudar tudo, talvez por medo ou insegurança: nem mudaria nada. Se todos os meus erros fossem consertados, minha vida presente seria muito chata, e a futura potencialmente amedrontante.

Monday, August 06, 2007

O que somos?

Nem tão bom, nem tão ruím, nem tão profundo, nem tão raso. Um pouco menos do que queria ser, e um pouco mais do que não queria ser. Você já parou para pensar que talvez não seja o que pensa que é? E que vivemos apenaz como copias imperfeitas de nossas fantasias? Entre nossos medos, duvidas, e sertezas; debatemo-nos na procura de um lugar ao sol: que é em tudo um direito de todos, que todos sempre imaginaram que iriam exercer, mas nem todos exercem. Tálvez porque não podemos ir muito mais longe do que nossas mentes nos permitem.
Bom, o que quero dizer é que embora não somos o que pensamos, podemos ampliar nosso nível de mente para vivermos um pouco mais do que estavamos destinados a viver. Para mim, nossas decisõs é que fazem nosso futuro. E já que vivemos à custo de decisões. o ideal seria assim tambem ampliar o nivel delas.
Uma amiga me disse que: "A verdadeira descoberta não esta em procurar novas paisagem, mas em possuir novos olhos". Dessa forma insisto que não somos o que pensamos, mas podemos chegar muito perto do que sonhamos.